#7 – FGV – on-line – Direito Constitucional – 20.05.12

Concluí hoje a leitura de todo o conteúdo do módulo 4 (Controle de Constitucionalidade) do curso…

Memórias de um sargento de milícias

[…]

O som daquela voz que dissera abra a porta lançara entre eles, como dissemos, o espanto e o medo. E não foi sem razão; era ela o anúncio de um grande aperto, de que por certo não poderiam escapar. Nesse tempo ainda não estava organizada a polícia da cidade, ou antes estava-o de um modo em harmonia com as tendências e ideias da época. O major Vidigal era o rei absoluto, o árbitro supremo de tudo que dizia respeito a esse ramo de administração; era o juiz que julgava e distribuía a pena, e ao mesmo tempo o guarda que dava caça aos criminosos; nas causas da sua imensa alçada não haviam testemunhas, nem provas, nem razões, nem processo; ele resumia tudo em si; a sua justiça era infalível; não havia apelação das sentenças que dava, fazia o que queria, e ninguém lhe tomava contas. Exercia enfim uma espécie de inquirição policial. Entretanto, façamos-lhe justiça, dados os descontos necessários às ideias do tempo, em verdade não abusava ele muito de seu poder, e o empregava em certos casos muito bem empregado.

[…]

ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro/USP. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 06 dez. 2010.
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