Concluí hoje a leitura de todo o conteúdo do módulo 2 (Direitos Fundamentais) do curso…
Um velho problema
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Os filósofos foram, de pronto, suplantados, na agitação revolta dos panfletos e da retórica explosiva dessa literatura política sempre efêmera, com ser modelada pelos desvarios repentinos da multidão. À sólida estrutura mental de um d’Alembert se antepôs o espírito imaginoso e pueril de um Vergniaud, e aos sonhos desmedidos de Mably o excesso de objetivismo do trágico casquilho que passeou pelas ruas de Paris a deusa da Razão…
De sorte que a última pancada no antigo regime – já longamente solapado e prestes a cair por si mesmo – se fez com excesso de energias que atirou sobre os destroços da ordem antiga as ruínas da ordem nova planeada. Exclusivamente atraída pelo programa, que se lhe figurava enorme e pouco valia, de derruir as classes privilegiadas, a revolução firmou, nos direitos do homem, um duro individualismo que na ordem espiritual significava a negação dos seus melhores princípios e na ordem prática equivalia a destruir as corporações populares, isto é, a única criação democrática da Idade Média.
Os direitos do homem… No entanto, a fórmula superior daquela filosofia, visava, de preferência, através da solidariedade humana crescente, exatamente ao contrário – os deveres do homem. Mas era exigir muito à loucura política do momento.
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