Nesta aula a professora fez uma revisão geral da matéria e comentou como, provavelmente, será a nossa prova, agendada para o dia 13.06.14:
Disposição das questões
A prova será dividida em três partes:
1) Serão 10 alternativas para relacionar uma coluna com a outra (eu acho). Cada questão valerá 0,5 pontos.
2) Serão 3 questões de múltipla escolha (a, b, c, d). Cada uma destas questões valerá 1 ponto.
3) A última parte será uma questão aberta. Uma redação. Deverá escolher um tópico dos pensadores estudados neste segundo semestre (Marx ou Hegel), discorrendo sobre este. Poderá tratar também sobre os chamados filósofos utópicos. (amanhã, sexta-feira, aqueles que desejarem poderão comparecer na aula e elaborar/desenvolver a redação).
Primeira parte (10 questões – colunas)
Mais valia – conceito – sempre houve, mas o conceito é de Marx e se aplica ao modo de produção capitalista – exploração do homem pelo homem – independentemente de tudo o que se gasta na produção de algo, o dono da empresa lucra muito não com o preço do produto, mas com a exploração do trabalhador – exploração de uma classe sobre a outra – conceitos de classe social.
Marx – a economia era a infraestrutura, e tudo o mais gravitava em torno da economia.
Marx – os filósofos falavam muito, refletindo sobre tudo, mas era necessário transformar o mundo, era necessário agir.
Socialistas utópicos – nomes dos caras. (Saint-Simon, Fraçois-Charles, Proudhon e Robert Owen).
Ditadura do proletariado – o que é a ditadura? É um regime ditatorial? Não! Era uma fase dentro do regime de transformação para se eliminar a ditadura da burguesia – ele não preconizava a ditadura como regime político, mas sim propunha uma forma de resolver uma ditadura com outra – é uma fase – mas ele não propõe um regime ditatorial!
As formas do espírito – quais são? Subjetivo/em si – objetivo/para si – absoluto/arte, religião e filosofia – quantas são? 3 (três).
O contexto da modernidade – Hegel – abarca a reforma, a revolução francesa e as ideias iluministas/Kant e supremacia da razão.
Vontade do ponto de vista subjetivo (eu) é absoluta e infinita, mas isso não é real, porque o meu direito acaba quando começa o do outro.
O direito – o que é o direito para Hegel? – tudo para ele é ideia – todo racional é real e todo real é racional – o direito para Hegel é o que há de mais racional, é a própria ideia – liberdade, do ponto de vista legal – do ponto de vista formal, abstrata – não se tem tudo explicado do ponto de vista real, mas é concreto, sim, visa um caráter concreto, apesar de toda lei ter um caráter abstrato.
Idealismo hegeliano – concepção hegeliana de ideia diz respeito ao ser, ao pensamento ou a ambos? Diz respeito a tudo! Ele é o ápice do idealismo, no sentido filosófico – tudo é ideia! – as coisas são o que são para nós que a conhecemos, que temos curiosidade sobre elas, nós não somos só natureza, somos natureza e cultura – o materialismo de Hegel é no sentido de que tudo é, ao mesmo tempo, espiritual e material, tudo é concreto, mesmo que não se toque.
Segunda parte (3 questões – múltipla escolha)
Embate entre Marx e Hegel sobre a questão/inversão da dialética – por quê Marx achou que tinha que inverter a dialética hegeliana? Porque se ele diz que a burguesia instaurou uma ditadura, ele tinha que negar a ideia de progresso de Hegel, que Hegel identificou no mundo burguês um mundo mais civilizado, um estágio mais avançado de modernidade – o papo de dizer que a burguesia representa um estágio mais avançado da humanidade precisava ser ‘desdito’ – Hegel colocou a realidade social dependendo da consciência, da ideia, mas a consciência não determina a realidade – a realidade social, as forças produtivas é que determinam a nossa consciência: consciência de classe – Marx dizia que a consciência é determinada pela realidade.
Imanência e transcendência – não tem a palavra Deus, pois para Hegel Deus não é um ser transcendente, ele está no meio de nós, e é uma ideia pois ele é produto de uma cultura – Deus não está no nível de uma transcendência, mas é imanente, porque está no meio de nós – para Marx também não tinha a ideia de Deus – relação das ideias de ambos com o materialismo: a visão de Hegel é uma forma de materialismo, porque é imanente, mas não é materialismo no sentido físico – quando Marx fala em materialismo, é outro tipo de materialismo, de concepção – há ou não um ponto em comum entre eles? Não, do ponto de vista do materialismo; do ponto de vista dialético, mais ou menos, pois a dialética em Marx não é filosófica; o materialismo de Marx era concreto/histórico, enquanto ele alegava que a de Hegel era idealista – dialética hegeliana versus o materialismo histórico de Marx.
Marx e Engels – Marx preconizou que através da ditadura do proletariado se chegaria a um estado coletivo… um mundo comunista, no sentido de comunidade, e ele achou que isso só aconteceria com a união global/internacional entre todos os proletários do mundo; ele achou que através de organizações de proletariados seria possível derrubar a ditadura da burguesia que explorava os ex-camponeses; a virada de mesa viria com a consciência de que havia uma alienação muito grande, pois o trabalhador produz e está alienado em relação ao que ele produz, não tem acesso àquilo que produziu – o comunismo de Marx pode ser visto como uma ruptura brusca/total com o capital e com a sociedade burguesa (era o pensamento inicial de Marx: descontinuidade), mas a partir das revoluções ele passou a ver que haveria uma continuidade entre o capitalismo e o comunismo, porque não ocorreria essa ruptura total, mas sim que o comunismo iria surgir através das crises do capitalismo – haveria uma evolução dentro do capitalismo, numa linha de continuidade e de uma linha dialética hegeliana (apesar de Marx não ter admitido isso).
Terceira parte (redação)
Deverá ser escolhido um tópico qualquer dos dois pensadores estudados neste bimestre (Marx e Hegel) e elaborado/desenvolvido uma redação sobre o tema escolhido. Poderá discorrer sobre os Filósofos Utópicos (desde que contenha a visão de Marx sobre eles).
Obs.: Grande parte das anotações acima foram cedidas/encaminhadas, gentilmente, pela colega de turma Dra. Simone Calil, a qual agradeço.
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