Estudo interessante divulgado hoje pelo CNJ, que traz uma série de informações preciosas a respeito do Poder Judiciário brasileiro, especialmente no que se refere aos magistrados. Dois pontos que chamaram a minha atenção foram a questão do número reduzido de magistrados negros se comparado com o número de juízes brancos e ainda o percentual mínimo de juízes que ingressaram pelo sistema de cotas para os deficientes. Certamente este censo, no mínimo, forçará o judiciário a estender a lei de cotas de 20% para os negros, recentemente aprovada e implementada para o Poder Executivo Federal.
A magistratura brasileira é composta majoritariamente por homens. Segundo os números preliminares do Censo dos Magistrados, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no final do ano passado, 64% dos magistrados são do sexo masculino. Eles chegam a representar 82% dos ministros dos tribunais superiores. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (16/6), no Plenário do CNJ, durante a 191ª Sessão Ordinária do Conselho.
Realizado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ) entre 4 de novembro e 20 de dezembro de 2013, o levantamento também aponta que a maioria da magistratura é casada ou está em união estável (80%) e tem filhos (76%). A idade média de juízes, desembargadores e ministros é de 45 anos. Na Justiça Federal estão os juízes mais jovens, com 42 anos, em média. Em geral, a carreira dos magistrados começa aos 31,6 anos de idade, enquanto a das magistradas começa aos 30,7 anos.
Em relação à composição étnico-racial da carreira, juízes, desembargadores e ministros declararam ser brancos em 84,5% dos casos. Apenas 14% se consideram pardos, 1,4%, pretos e 0,1%, indígenas. Segundo o censo, há apenas 91 deficientes no universo da magistratura, estimado em pouco mais de 17 mil pessoas, segundo o anuário estatístico do CNJ Justiça em Números, elaborado com base no ano de 2012.
A jornada de trabalho diária dos juízes é, em média, de 9 horas e 18 minutos. Os juízes em início de carreira (substitutos) têm a maior carga horária de trabalho, com 9 horas e 37 minutos. Além do trabalho jurisdicional, 14% dos magistrados também realizam atividades docentes – 63% deles informaram possuir pós-graduação.
Para o coordenador do Censo, conselheiro Paulo Teixeira, trata-se da primeira pesquisa aberta aos magistrados de todo o país. “Os resultados são alvissareiros, mesmo comparando-os a pesquisas realizadas nos Estados Unidos da América, Inglaterra e Canadá. A diferença é que, nesses países, as pesquisas são periódicas e realizadas há muitos anos. O estudo completo está disponibilizado no portal do CNJ (www.cnj.jus.br/censo) e será disponibilizado também aos tribunais e associações de classe. Esse trabalho gigantesco tende a melhorar a prestação jurisdicional e a identificar a magistratura brasileira”, afirmou.
Pesquisa – O objetivo do estudo foi identificar o perfil da magistratura brasileira, razão pela qual o questionário consultou os magistrados brasileiros sobre informações pessoais e profissionais. Dos 16.812 magistrados em atividade no País, 10.796 responderam ao questionário eletrônico proposto pelo CNJ, o que indica índice de resposta de 64%.
Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias
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Abaixo constam alguns dos inúmeros gráficos e estudos constantes do Censo do Judiciário 2013.
Amigo, acompanho seu blog já tem um tempo. Não sei se já me reconhece. Bem, estou indo para o 7º período e adoto uma filosofia didática parecida com a sua, isso porque faço a graduação já olhando e estudando para a magistratura.
Estou com uma grande dúvida de estudos, podemos conversar por e-mail?
O meu e-mail é:
[email protected]
att,
Tiago Lyra
Olá Prof. Tiago Lyra,
Claro que o reconheço, pelo menos virtualmente… É um dos mais assíduos visitantes ao meu Blog. Espero que tenha ajudado a você nos estudos e nos projetos.
Te mandei um email para que possamos conversar e tentar equacionar esta sua dúvida.
Abs,
Marcos Paulo