Retornei a surpreendente cidade de Belém, no Pará, entre os dias 16 e 19.12.16, para refazer o concurso de delegado, que foi objeto de anulação quando da primeira aplicação, em função de fraudes verificadas.
Certamente, desconsiderando os pequenos incidentes que ocorreram (e que não serão suficientes para uma nova anulação, posto que foram pontuais) a banca FUNCAB melhorou consideravelmente, tanto na questão de logística quanto no nível em si das questões objetivas e da proposta da peça prática. Creio de dessa vez conseguirão atingir o número mínimo de 150 candidatos com nota de corte superior a 7.0.
Quanto ao meu desempenho, apesar de ter me saído muito melhor que da primeira vez e considerando que este é o meu primeiro concurso nesta área, ainda não foi dessa vez que obtive aprovação. Valeu pela experiência, passeio e conhecimento acumulado. Que venham os concursos de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Amapá!
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Mais da metade dos candidatos falta em prova de concurso para delegado. Prova foi realizada no último domingo, 18, pela segunda vez no Pará. Dois candidatos denunciaram que lacre de envelope estava aberto.
Dos 14.519 candidatos que se inscreveram para o concurso para delegado de Polícia Civil do Pará, 8.872 faltaram à prova realizada no último domingo (18). A organização do concurso acredita que o grande número de faltosos seja de outros estados.
Esta é a segunda vez que o exame é realizado. As provas feitas no dia 25 de setembro foram anuladas depois de indícios de fraude: doze envelopes chegaram violados em sete locais diferentes.
Depois de quase três meses, os candidatos tiveram que refazer esta etapa. Além de Belém, as provas também foram realizadas em Santarém, Marabá e Altamira. Os candidatos esperam que dessa vez não haja problemas.
Prova
Milhares de candidatos enfrentaram uma maratona de oito horas de provas do concurso para delegado, que oferta 150 vagas. Muita gente veio de longe fazer a prova em Belém e teve que levar até as malas para o local de prova.
Emanuel Azevedo conta que viajou do Maranhão. “Daqui vou direto pro aeroporto, pra não perder o avião”, disse o candidato.
Depois de passar 5h dentro da sala de aula fazendo a parte objetiva, os candidatos fizeram mais 3h de prova.
“Foi puxada a primeira etapa do certame, e agora estou descansando um pouco para ir pra segunda”, contou a candidata Eliane Martins.
No intervalo entre uma prova e outra, os candidatos aproveitaram para revisar o conteúdo. “Ajuda a lembrar um pouco. A gente está um pouco estressado da primeira prova aí ajuda a lembrar os artigos, algum detalhezinho da peça, que a prova agora a tarde é a peça”, falou o candidato José Lourenço.
Denúncia
Depois da prova, a organização do concurso concedeu uma entrevista para fazer uma avaliação. Mais dois candidatos denunciaram que um envelope distribuído na capital não estava bem lacrado, mas a empresa responsável pela prova diz que todas as medidas de segurança foram tomadas.
De acordo com a Polícia Civil, nenhuma tentativa de fraude foi registrada, mas dois candidatos denunciaram que um envelope estaria aberto.
“Em uma das salas, onde tinham 13 candidatos, um dos envelopes estava aberto. O lacre estava mal fechado e o envelope estava aberto. Porém, o segundo envelope que a empresa, dessa vez utilizou dois envelopes, o segundo envelope estava intacto”, afirmou Rilmar Firmino, delegado geral da Polícia Civil.
O representante da empresa que organizou as provas, Leonardo Caldas, garantiu que todas as medidas foram tomadas para evitar fraudes e vazamento de informações.
Os candidatos ainda terão outras etapas pela frente. A previsão é que o concurso seja concluído em dezembro de 2017. Os aprovados devem começar a ser chamados em 2018.