A prática de matar e esquartejar as vítimas rendeu a Francisco Costa Rocha o apelido de Chico Picadinho. Ao todo, o homem de 70 anos passou mais de 35 atrás das grades. Parte do tempo no sistema comum. E a maior parte na Casa de Custódia de Taubaté (SP), onde permanece até hoje em virtude de laudos atestando que ele não tem condições de viver em sociedade, podendo voltar a matar. Dentro do manicômio judiciário, dedica-se a pintar quadros.
O primeiro crime de Chico Picadinho foi em agosto de 1966, dentro de um apartamento da Rua Aurora, no centro de São Paulo. Ele matou a bailarina austríaca Margareth Suida, de 38 anos, estrangulada. Em seguida, retalhou o corpo em vários pedaços. No interrogatório, Chico Picadinho descreveu como praticou o crime com detalhes. Contou às autoridades que usou tesoura, faca e lâmina de barbear. Ele disse que a bailarina lembrava sua mãe para explicar porque matou Margareth. Foi condenado a 20 anos e meio de prisão.
Dois anos depois de sair em condicional, em 1974, matou de novo. Desta vez, em um apartamento na Avenida Rio Branco, também no centro da capital paulista. A vítima foi Ângela de Souza da Silva. Ele retalhou o corpo da mulher com serrote, faca e canivete. Colocou os pedaços em uma mala de viagem. Algumas partes foram jogados, por falta de espaço na mala, no vaso sanitário do banheiro do apartamento. Ele fugiu, mas foi encontrado no Rio de Janeiro. Desde 1994, está internado no maicômio judiciário de Taubaté. A defesa vem tentando, por meio de recursos, derrubar os laudos que atestam a periculosidade de Chico Picadinho.
Créditos: Correio Braziliense – Renata Mariz