Assisti hoje a palestra proferida pelo Profº Leonardo Boff, cujo tema foi ‘Conjuntura dos Direitos Humanos’. Certamente as expectativas foram atendidas. É inegável a capacidade e a inteligência do professor Boff na condução dos temas tratados. Abaixo algumas frases proferidas.
‘Há armas suficiente no mundo, capazes de destruir a mãe terra, completamente, de 1.000 formas diferentes’.
‘Não trate a mãe terra mal, pois ela pode nos considerar como uma célula cancerígena e nos expulsar’.
‘Perguntei ao Gorbachev se era verdade que poderia ordenar a destruição da terra com uma simples ligação através do seu telefone vermelho. Ele me respondeu que sim e que tinham dois generais malucos que o aconselhava a fazer isso todos os dias do seu governo’.
‘Se formos estender o mesmo padrão de vida dos Estados Unidos ou Japão para o resto do mundo, precisaremos de mais 3 planetas terra’.
‘Ou mudamos ou morreremos!’.
‘Nós podemos sim ser mais com menos!’.
‘Fizemos um pacto social inserindo somente os humanos, não incluímos os demais seres’.
‘O grande meteoro rasante é o próprio ser humano’.
‘Os problemas são globais, mas falta governança global! Aí vale a lei do império!’.
‘Nós estamos em um momento grave, onde o que impera é a violência’.
‘Eu não sou pessimista, a realidade é que é pessimista!’.
Biografia
Leonardo Boff (nasceu em 14 de dezembro de 1938 em Concórdia, SC) ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984).
Seus conceitos teológicos sobre a doutrina Católica com respeito à hierarquia da Igreja, expressos no livro Igreja, Carisma e Poder, renderam-lhe um processo junto à Congregação para a Doutrina da Fé, então dirigida por Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI. O documento final desse processo foi assinado pelo próprio Cardeal Ratzinger e conclui que “as opções aqui analisadas de Frei Leonardo Boff são de tal natureza que põem em perigo a sã doutrina da fé, que esta mesma Congregação tem o dever de promover e tutelar”. Em 1985, foi condenado a um ano de “silêncio obsequioso”, perdendo sua cátedra e suas funções editoriais na Igreja Católica. Em 1986, recuperou algumas funções, mas sempre sob observação de seus superiores. Em 1992, ante novo risco de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e pediu dispensa do sacerdócio. Sem que esta dispensa lhe fosse concedida, uniu-se, então, à educadora popular e militante dos direitos humanos Márcia Monteiro da Silva Miranda, divorciada e mãe de seis filhos, com quem mantinha uma relação amorosa em segredo desde 1981. Boff afirma que nunca deixou a Igreja: “Continuei e continuo dentro da Igreja e fazendo teologia como antes”, mas deixou de exercer a função de padre dentro da Igreja.
Sua reflexão teológica abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade, além de assessorar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e movimentos sociais como o MST. Trabalha também no campo do ecumenismo.
Em 1993 foi aprovado em concurso público como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é atualmente professor emérito.
Foi professor de Teologia e Espiritualidade em vários institutos do Brasil e exterior. Como professor visitante, lecionou nas seguintes instituições: de Universidade de Lisboa (Portugal), Universidade de Salamanca (Espanha), Universidade Harvard (Estados Unidos), Universidade de Basel (Suíça) e Universidade de Heidelberg (Alemanha). É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim, na Itália, em Teologia pela universidade de Lund na Suécia e nas Faculdades EST – Escola Superior de Teologia em São Leopoldo (Rio Grande do Sul). Boff fala fluentemente alemão.
Sua produção literária e teológica é superior a 60 livros, entre eles o best-seller A Águia e a Galinha. A maioria de suas obras foram publicadas no exterior.
Atualmente, viaja pelo Brasil dando palestras sobre os temas abordados em seus livros, participando também de encontros da Agenda 21.
Vive em Petrópolis (RJ) com sua companheira, a educadora popular Márcia Miranda.
Fonte: Wikipédia, em 13.10.14.
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