Participei hoje, da quarta e última palestra, deste semestre, que estão sendo conduzidas pelo professor do UniCEUB, ex-ministro de Relações Exteriores, do STF e da Corte Internacional de Justiça – CIJ, Dr. Francisco Rezek, onde desta feita abordou o tema: A cena internacional do nosso tempo: O direito ante a diversidade e a desigualdade.
O ministro discorreu, em tom de desabafo, sobre as ‘aberrações’ e ‘barbaridades’ ocorridas nos últimos anos, conduzidas, principalmente, pelos Estados Unidos, no que se refere as relações internacionais e ao respeito aos direitos, protocolos e tratados básicos que regem o direito internacional público.
Abaixo algumas frases proferidas que resumem alguns dos pontos abordados:
‘Seguramente George W. Bush foi o maior flagelo que assumiu a presidência dos Estados Unidos, em toda a sua história’.
‘W. Bush é um fundamentalista oligofrênico e de modesta inteligência’.
‘Sim, há na sociedade americana uma profunda falta de consciência concernente a existência de outros países’.
‘Os EUA é uma nação calvinista, que em suma, significa que Deus recompensa os bons e castiga os maus, aqui mesmo’.
‘Os EUA vingaram do país errado quando atacou o Iraque’.
‘O preceito americano equal justice under de law, que orna as colunas da maioria dos tribunais, não foi seguido na era Bush’.
‘Todos nós sabemos o que se passa nos porões das ditaduras de esquerda e de direita, só que ninguém assume’.
‘Os esbirros aproveitam para resolver um monte de problemas não ligados a causa ideológica em questão… eliminam os seus credores, bem como os desafetos amorosos’.
‘Esbirros é o termo utilizado para se referir as camadas inferiores dos agentes das ditaduras’.
‘Guantánamo é uma zona de não direito, não há normas. Talvez chegará o dia em que não acreditaremos que isso ocorreu’.
‘Em nome da defesa dos direitos humanos, morreram mais soldados americanos do que o número de vítimas do atentado de 11 de setembro de 2001, em função da invasão do Iraque! Sem falar nas mais de 200.000 mortes civis, incluindo crianças, gestantes e idosos…’.
‘O voto popular de uma grande nação pode perdoar ou redimir aquele que cometeu vários crimes de guerra? (se referindo aos atos de W. Bush e a sua reeleição, mesmo após a invasão desastrosa do Iraque)’.
‘Hoje a ONU possui 193 países associados… destes 105 são menores que a cidade de Altamira no Pará…. 30 menores que o município de Unaí em Minas Gerais… 108 possuem uma população menor do que a cidade do México… 130 possuem um PIB menor do que a cidade de Tóquio no Japão’.
‘Na Assembleia Geral da ONU, adotou-se a deliberação por consenso, em função dos vários países inexpressivos que entraram. Atualmente este consenso está reduzindo a importância destas decisões’.
‘A exiguidade moral, infelizmente, impera em alguns países… já teve casos de um país soberano ir até a ONU deliberar em troca de uma passagem de 1ª classe’.