Deu-se continuidade da leitura e discussão do livro de Foucault, A verdade e as formas jurídicas, seguindo o mesmo procedimento das últimas aulas, ou seja, o professor faz a leitura de pequenas partes do texto e em seguida uma explanação do mesmo, abrindo espaço, inclusive, para a intervenção dos alunos.
Na aula de hoje foi tratado das páginas 111 até a página 115, no âmbito da Conferência V.
“O ser humano é definido por um padrão, por uma identidade, e estar fora deste padrão é considerado errado. É nesse contexto que Foucault surge para questionar estas práticas, práticas estas que levam a sociedade a formação desta chamada ‘sociedade disciplinar’, a qual todos, em tese, devem seguir, sob pena de serem considerados ‘loucos’, ‘rebeldes’, ‘anarquistas’, alem de serem submetidos as várias sanções oficiais ou não.”
Frases proferidas: ‘a utopia do patrão é ter o controle total sobre o seu operário, visando garantir o maior lucro possível’, ‘se vive em um local onde todos são explorados, portanto não se percebe a própria exploração’, ‘não é ir contra o sistema, mas é preciso ter um olhar crítico sobre ele’, ‘as coisas mudam, não podemos nos responsabilizar pelas mudanças’, ‘a sociedade já teve outros conceitos e sistemas, portanto não podemos nos iludir achando que o modelo vigente é o único possível ou até mesmo o único existente’, ‘estas discussões possibilitam tornar as nossas vidas mais lúcida e potencializar aquilo que queremos’, ‘a vontade de todo índio é andar de hilux e usar chapéu’, ‘a globalização é a imposição de uma cultura só’, ‘no fundo o ser humano não é, mas sim se torna’, ‘é a utopia do padrão que se realiza’, ‘por meio de práticas vamos sendo subjetivados’, ‘uma exclusão por uma inclusão – se referindo ao início da nossa educação formal, onde somos levados a ‘esquecer’ aquilo que aprendemos até então, para absorver novos conhecimentos, ditados pelo sistema e aceitos pela sociedade’, ‘um grande nós que não pode ser um plural de um eu’, ‘um sequestro que nós mesmos buscamos? ou somos levados e isso?’.